Na Universidade de Oxford, por volta de 1949, nasceu oficialmente a Ergonomia.
No início do século XX, já se reclamava das condições inadequadas que
convergiam em acidentes e doenças. As máquinas móveis, além da mobilidade,
trouxeram grande evolução, mas nunca deixaram de mostrar
limitações para quem as dirigia.
Reclamava-se de bancos fixos, falta de acesso aos pedais, dimensionamento do volante,
aquecimento no interior do veículo, etc.
Os veículos pareciam feitos apenas para um determinado tipo de pessoa.
Não se levava em conta características físicas como altura, mobilidade, elasticidade, visão,
entre outros. A má visibilidade, espelhos fixos, dificuldades na utilização de pedais,
volantes mal dimensionados e duros prejudicando manobras e gerando sobrecarga
ao operador sempre foram motivos de preocupação.
Motores dianteiros com superaquecimento e extremamente barulhentos jogando
na cabine vapores e gases tóxicos transformavam motoristas em doentes.
A coisa evoluiu e preocupou engenheiros e médicos a ponto de estudos específicos
trazerem os grandes ganhos que vemos hoje no transporte moderno.
O desenvolvimento na área de caminhões foi estrondoso.
Incrementou-se a busca por condições melhores de trabalho, de transporte e segurança.
Tudo foi melhorado e trouxe muitos benefícios ao operador.
Hoje, ações múltiplas são aplicadas para, entre outros, reduzir a força, vibração e ruído dentro da cabine.
Contudo, mesmo com todo esse avanço, existe ainda amplo campo para atuação da engenharia e
medicina de tráfego com objetivo de transformar o transporte sobre rodas para que o trabalho seja executado com ainda mais qualidade e segurança.
As montadoras sempre deram muita atenção para a ergonomia, que nada mais é do que a adaptação do veículo às características do indivíduo, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e bom desempenho de sua atividade.
A boa condição ergonômica envolve conforto visual, punho neutro (reto), apoio para o pé, poltrona, iluminação, cores, temperatura, acústica e humanização do ambiente.
Todos esses fatores, se mal cuidados, convergem para o aparecimento de doenças ocupacionais e predispõe ao acidente.
A evolução tecnológica nos leva a caminhos melhor iluminados.
Temos convicção que, pouco a pouco, chegaremos a condições ainda mais seguras, com menos agressões à saúde e boa qualidade de vida no transporte.
Já estamos na direção certa segundo Bob Sharp.